Estando em um relacionamento e sendo
traído, dói, mas passa. Caímos, mas logo depois nos levantamos.
Quando a traição ocorre em
situações inesperadas, por pessoas que estivemos ao lado, fomos companheiros e estendemos
a mão quando estava no chão. Aí sim, isso dói.
Ajudamos, auxiliamos de toda
maneira possível e quando estas mesmas pessoas que nos pediram ajuda, conseguem
algo, demonstram quem são.
Quem não conhece a frase: quer
medir o caráter de um homem, dê-lhe poder.
Depois de sermos traídos várias
vezes por pessoas que realmente não esperamos, a crença no ser humano, num
relacionamento onde a doação e confiança são recíprocas, vai se perdendo.
Confiar e estender a mão, em
algumas situações até nos prejudicando para auxiliar aquele que precisa, por
acreditarmos na reciprocidade e companheirismo, após tantas decepções, faz o
questionamento quanto a continuidade de ajuda ao próximo ser inevitável.
Dizem que devemos proporcionar sem pensar
em algo em troca. Eis uma grande diferença de cobrarmos e de precisarmos de
alguém. Vivemos em sociedade. Uma hora ou outra precisamos. Amor, uma conversa,
uma ajuda com a tarefa escolar, um auxilio para aprendermos algo no trabalho,
até dinheiro, quem nunca precisou emprestar, enfim.
Ajudamos, ótimo, precisamos de
ajuda, ponto.
Cadê a reciprocidade do ser
humano.
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