quinta-feira, 25 de outubro de 2012

No coração não se manda!


Em vários momentos de nossas vidas nos iludimos pensando que o outro sente o mesmo que nós, mas após algum tempo, descobrimos que não é bem assim, ou pior, que não é nada assim.
Dependendo do nosso sentimento, sofremos pouco ou muito...
Ninguém é obrigado a gostar, não mandamos no coração. O amor, saudades, querer bem, paixão, são sentimentos que vem e vão naturalmente, não dá pra controlar. De nada adianta ficarmos chateados.
A mágoa maior não é a impossibilidade da reciprocidade do sentimento, mas sim as mentiras e omissões. Se não gostamos, então falemos a verdade ou não digamos nada, não precisa dizer, te amo, estou apaixonada (o), como serão nossos filhos parecidos comigo ou com você, não estou preparado para um relacionamento e logo depois começa a namorar, ou seja, não criemos falsas expectativas, mentiras ou omissões, isso sim machuca.
Mas e se a pessoa disser a verdade? Entendemos, nos afastamos, compreendemos que não existirá um amanhã, respeitamos a decisão e o sentimento da pessoa.
E se ficar um “que” de: poderia ter sido diferente.
Como seria se o sonho tivesse se realizado?
Se tivesse continuado a inocência do passado, a verdade no olhar, os gestos sinceros, a autenticidade de ambas as partes? Como teria sido se não tivessem se distanciado, se a vida não tivesse ensinado ambos de uma maneira tão dolorosa e traumática, causando o medo de darem-se inteiramente? Será que no hoje seríamos dois? A história aconteceria de forma diferente? Seria mais que apenas uma entrega passageira e superficial? Ou tudo aconteceria de forma semelhante, sem maiores confianças e expectativas?
Nunca saberemos, o ontem não retroage. Os nossos atos devem ser baseados no hoje, mas sem deixarmos de pensar no amanhã, afinal, somos nós que arcaremos com as consequências.
A tentativa de continuar com algo que não existe, que às vezes somente nós acreditamos que um dia existiu ou que poderia ter sido maravilhoso, após descobrir que o sentimento não é recíproco, não é saudável.

No coração não se manda, o jeito é seguir em frente por caminhos distintos, acreditando que todo acontecimento tem um por que, o qual muitas vezes não está dentro das nossas atuais possibilidades de compreensão, mas que o tempo explicará que foi o melhor para ambos. 

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