sábado, 27 de julho de 2013

Sem julgamentos



Difícil não julgarmos as pessoas conforme nossas convicções. Normal pensarmos estarem agindo incorretamente quando contrárias às normas legais ou morais e explanarmos sobre o assunto diretamente quando temos intimidade para isso. Mais cotidiano ainda o hábito de querendo auxiliar, refletirmos e expormos opiniões quanto as atitudes estarem equivocadas e o que seria, baseado em “nossa evolução”, correto.
Surpreendente pensarmos que colocar essa opinião à pessoa, na tentativa de ajuda-la, está-se muitas vezes retardando seu crescimento.
Há situações, em que ao conversarmos com alguém que nos é caro, expomos ser incorreta sua atitude para tentar auxilia-lo, todavia algumas pessoas ao invés de crescerem, paralisam.
Dizer que é correto conforme a moral ou a ética, não faz com que as pessoas ajam de forma diversa, afinal se assim o fizessem nem precisaríamos conversar, pois que existem leis escritas e implícitas. Julgar é indiferente para o melhoramento e até maléfico, mesmo que seja feito para o bem, baseado no amor e desejo da pessoa não sofrer sanções terrestres ou resgates espirituais.
Não modificamos nossos atos pelos outros, alteramos por nós, haja vista estarmos evoluídos o suficiente para aprendermos pela dor, consequências dos nossos atos, ou pelo amor, visualização de atos alheios, questionamentos e força de vontade.
O desejo de auxiliar somadas as lições da vida faz-nos compreender que ao invés de colocar como certo ou errado, é melhor fazer quem se equivocou indagar-se mediante exemplificações verbais e principalmente práticas.
A intenção é importante, mas a técnica do bem se trata de aprendizado constante, devendo ser realizado visando o crescimento de outrem e não a satisfação de nosso ego. Não cabe a nós o julgamento.
As pessoas equivocam-se.
Cada um tem seu tempo de aprendizado, estamos em fases escolares diferentes e muitas vezes possuímos dificuldades e facilidades em matérias distintas, até mesmo em tópicos diversos de disciplinas semelhantes.
Aprendemos ajudando, todos têm o que ensinar e o que aprender um com o outro e os benefícios serão maiores se realizados sem julgamentos.