Percebe seu peito oprimido e respira com dificuldades.
Há muito não apreciava tanto amor dentro de si.
Deseja compartilhar seu amor, almeja ainda mais, sentir profundamente a reciprocidade de alguém.
Está só.
Perdido em seus pensamentos como há tempos não fazia.
Foram tantas estações perdidas. Serão tantas ainda.
Respira fundo.
Em seu íntimo, o mar agitado num dia de sol e chuva.
Outra vez inspira e expira, agora mais profunda e lentamente.
De forma maquinal, guarda seu amor num espaço interno determinado, levanta-se e continua seus afazeres diários, na tentativa de transparecer a crença perdida.
Seu eu pede socorro, mas não sabe como agir. Em tais situações, aprendeu ser o tempo a melhor solução, acalmando a mente, o coração e proporcionando-lhe o entendimento necessário à tomada de decisões, atualmente adiadas.
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